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Roberto Cohen conta com foi organizar o casamento da filha única

Postado dia 12 de agosto de 2016 por

Este ano me deparo com uma situação que, desde que minha filha nasceu, eu sabia que seria inevitável. A cada aniversário de Yael, os parentes e amigos comentavam: “Imagina como será o casamento dela!”

Sinceramente, nunca imaginei como seria o casamento, fisicamente falando… Mas sempre imaginei como seria – e realmente está sendo –, ter que escolher, entre tantas opções de fornecedores maravilhosos, a quem delegarei o casamento de minha única filha. Se minhas clientes já ficam em dúvida entre dois ou três profissionais, imaginem minha posição em ter que escolher apenas um tendo infinitas possibilidades de oferta, sem, é claro, magoar a tantos outros que a viram crescer, que a acompanharam em festas de aniversário, Bat Mitzvah, 15 anos… Queria todos participando comigo deste momento tão especial. Na verdade, não queria ninguém trabalhando, mas ter todos os parceiros ao meu lado para desfrutar deste acontecimento único na minha vida.

Depois de muitas noites mal dormidas, a mente é iluminada com uma sábia decisão. Essa escolha será dela! Pois ela é a noiva e caberá a ela decidir quem quer para cada função! Disse: “Filha, vista-se de noiva e procure quem lhe transmite confiança para você entregar a eles o seu grande dia! Converse, prove, deguste, escute e curta essa fase em que as questões mais importantes são as cores, as texturas, os sabores, os aromas, os sons…”

É um período no qual ninguém é culpado por sonhar, ninguém fica feio por chorar e onde é permitido se emocionar! Não quero que a minha filha se poupe deste privilégio em ser noiva, de poder viver como uma fada fazendo escolhas de itens mágicos, como se fossem imprescindíveis e fundamentais para que o mundo continuasse girando.

Resolvido o primeiro impasse, vem uma segunda questão. E eu? Onde e como eu estarei nesta hora? Preocupado com o cortejo? Com a portaria? Com o check-in e a acomodação dos convidados? Ou eu estarei segurando a mão dela, com todas as minhas forças e fazendo meu papel de pai? Quem prenderá minha lapela? Quem irá receber os convidados? Quem irá dar o ok para a música? Quem cuidará da sequência das fotos? Infelizmente, amigos leitores, ainda não tenho a resposta para lhes dar. Ainda sofro em ter que buscar essas respostas. Ainda sofro em fazer uma lista e ter que fazer cortes. Ainda tenho dúvidas em que bebida servir. Ainda não definimos a cor. Ainda não sabemos quantos convites fazer… Um sofrimento que faz doer, mas dói de alegria!

De uma coisa tenho certeza: em trinta anos de festas, nunca ouvi ninguém dizer que se arrependeu por ter feito uma festa de casamento. Comigo não será diferente. Espero, realmente, não confundir os papéis e me divertir como um convidado. E que tenhamos somente bons motivos para brindar!