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Gastronomia

Um doce de negócio!

Postado dia 8 de setembro de 2019 por jornalismo
bem-casados Marta Proto
Com receita de família, Marta Proto dá gostinho de lar aos seus bem-casados

A história de Marta Proto com os bem-casados, teve início em Pelotas, no Rio Grande do Sul. A cidade, conhecida por ser referência na produção de doces, foi o grande ponto de partida para o seu reencontro com o produto, que só aconteceria anos depois e ainda sem perspectiva de negócio. Por outro lado, o envolvimento com o mundo de confeitaria já havia sido plantado com a sua tia-avó, que já possuía uma doceria e realizava a produção de bem-casados na cidade onde morava.

Formada em Odontologia, Marta veio para o Rio de Janeiro no ano 2000 e por meio de uma colega de trabalho que os bem-casados mais uma vez passaram por sua vida, “Ela foi em um casamento e trouxe um bem-casado pra mim, eu experimentei, e adorei! Perguntei o que era e não acreditei que era um bem-casado, ele era diferente do que fazemos lá em Pelotas. Brinquei dizendo que o de lá era o bem-casado original e quando fosse na cidade levaria pra ela”, relembra Marta.

A viagem para sua cidade natal, proporcionou uma visita à antiga doceria de sua tia-avó, onde Marta acompanhou todo desenvolvimento de confecção dos doces. O encontro, motivou seu relacionamento com a confeitaria e deu início a um novo hobby.

Ainda sem vislumbrar um negócio, Marta fazia os bem-casados casualmente e sem intenção de lucro. A história mudou, quando foi chamada para produzi-los no casamento de uma colega e foi construindo seu nome conforme recebia indicações por seu trabalho. Era o início da Marta Proto Bem-Casados que culminou em seu afastamento de sua formação conforme as demandas cresceram.

Os bastidores do negócio

Para Marta, o diferencial do seu negócio está nos produtos de qualidade que utiliza, unido ao trabalho artesanal que é realizado, e a sensatez de manter a produção no nível do seu padrão de qualidade.

Sobre sua equipe, Marta conta que muitos dos empregados chegam sem experiência e ela pessoalmente os capacita para desenvolverem um trabalho na qualidade que ela espera. Afinal, segundo ela, os dois fatores mais importantes em relação aos bens casados é a qualidade do doce e sua forma de apresentação, completa: “Bem-casado é um doce muito difícil, de muitas etapas, se algo desandar, o resultado não fica bom”.

Bem-casado Marta Proto

Já sobre as embalagens, afirma que o  essencial é que a ideia acompanhe a decoração da festa mesmo com variadas possibilidades. A mais comum, feita com papel crepom envolvida em um lacinho de cetim é bastante procurada pelas noivas e aponta que embalagens com flores, pedras e em caixas de madeira, também fazem parte do leque de opções. “Tudo depende do orçamento da noiva, mas a embalagem com flores faz um efeito visual muito bonito na mesa”.

Por outro lado, se existe dúvida na hora de escolher a embalagem, o recheio é certeiro. Mesmo com 6 opções disponíveis, Marta afirma que só aconselha dois para os seus clientes, o de ovos e de doce de leite. Para ela, o bem-casado é um doce esperado em uma festa e as pessoas vão com uma concepção de sentir o gosto do tradicional, então pode ser uma grande quebra de expectativa para os convidados, aconselha: “Se a pessoa opta em querer fazer uma variedade de sabores, para ficar equilibrado o investimento pode ser em torno de R$ 600,00”.

Quando perguntada sobre o motivo de entrar no setor de casamentos, sua resposta é inspiradora: “É muito gostoso. Na área da saúde, onde eu trabalhava, eu tratava de problemas, com o casamento participo do momento de um sonho. São pessoas construindo um futuro (…) é muito legal quando os casais voltam pedindo para fazer o bem-nascido ou bem-vivido para os filhos”.