Decoração
Tanus Saab dá dicas de decoração de casamento para noivas

Você faz parte do time de noivas que sonha com a decoração perfeita e vai salvando tudo o que acha lindo na pastinha de inspirações? E aí chega um momento que você olha aquilo tudo e pensa: HMMM… PERA! O EuAmoCasamento.com te ajuda a descomplicar! Conversamos com o renomado decorador e florista Tanus Saab e ele traz dicas maravilindas sobre a importância de confiar no seu profissional e seguir uma linha de décor, a época boa – e a que você tem que fugir! – para preço de flores (e sabemos que é um item caro) e quais são as tendências que o Brasil anda importando. O bate-papo foi delicioso, depois da palestra que ele deu no evento “Falando de Casamento – Caminho das Flores”, e nós esperamos que vocês curtam também! ♥
Ah, para quem ainda não conhece Tanus, ele é arquiteto por formação, mas cresceu na floricultura da mãe e trabalha há 30 anos com o que ama: flores e decoração! “Nunca tive dúvidas sobre o caminho a seguir. A arquitetura e a decoração se misturaram na minha vida e hoje sou um arquiteto decorador”, explica. Tanus já produziu mais de 1000 (mil!) projetos decorativos ao longo da carreira e também trabalhando lecionando e formando outros profissionais. Ele realizou estudos de design floral na Espanha, Estados Unidos, Alemanha, França e Inglaterra.

Eu Amo Casamento.com: Hoje os noivos acessam muitas referências na internet, nas redes sociais. Acontece de o cliente levar referências que não casam? E qual o papel do decorador nessa hora?
TS: Muito! Por isso, as noivas precisam de um profissional de confiança para ajudar e falar: ‘isso com isso combina, é harmonioso. Isso funciona, isso não funciona. Esse vai ter um custo mais elevado, podemos optar por esse aqui’. Um decorador não avalia só a questão de estética, mas também de custo. A nossa alegria está em fazer uma decoração bacana dentro das possibilidades que a noiva tem e, pra mim, isso é uma boa festa.
EAC: Falando em custos, quais são suas dicas em relação a flores, de acordo com a época do ano?
TS: Isso é bem importante! É bom fugir de períodos com datas comemorativas envolvidas. Semana do dia das mães é uma época terrível para casar, por exemplo, porque, no mínimo, a noiva vai pagar 30% ou 40% mais caro de decoração, por conta de oferta e demanda de flores. Tem mais procura, então, aumenta o preço. Julho e agosto são meses muito bons nessa questão de preço porque tem menos procura. Porém, a produção das flores fica menor no inverno também. Janeiro e fevereiro é uma época que sobra flor, mas, como é muito quente, os casais evitam casar nesta época.


EAC: Qual a diferença da decoração para eventos no Brasil, olhando para o mundo? O que a gente tem que mais chama a atenção dos gringos?
TS: A gente tem muito bom gosto! Também somos fãs de exuberância, com arranjos florais enormes, por exemplo. Lá fora, às vezes, as pessoas olham e acham um pouco over. Outra coisa: a gente sabe fazer festa. Acho que isso vem da nossa cultura, do nosso prazer em receber e festejar. E isso também faz diferença porque a festa não é só uma decoração bonita. Ela é o sucesso de várias coisas: uma boa comida, boa música, amigos… Tudo isso faz parte do sucesso do evento!
“Estamos até exportando ideias. Quando a gente fala em decoração, hoje, o Brasil é referência”


EAC: Tem algo de novo, tendência, que estamos importando agora?
TS: A gente recebe uma influência americana, de casamentos mais voltados para a natureza, no jardim. No entanto, eu acho que a gente consegue pegar essa interferência e transformar em algo melhor. Estamos até exportando ideias. Quando a gente fala em decoração, hoje, o Brasil é referência. O que eu escuto lá fora quando vou trabalhar e me ajuda muito é: ‘Ah, você é brasileiro? Nossa, no Brasil se faz festa bonita, festa boa’.
EAC: Quais locais para casamento no Rio chamam a sua atenção como decorador?
TS: O Rio é abençoado com cenários por natureza: o espaço que vocês têm já dá um enquadramento muito bonito para decoração. Curto muito opções como o Copacabana Palace, o Parque Laje, o Lago Buriti, ou uma praia mesmo. Em 30 anos de carreira, já vi muita coisa bonita trabalhando nessa cidade. Acho que o Rio e São Paulo têm esse papel de ditar tendências.


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